Inteligência artificial no Direito: o que você precisa saber?

Tratar sobre a inteligência artificial no contexto de Direito é uma boa iniciativa para a correção nos comuns equívocos que se cometem em questão de tecnologia perante o mercado de serviços. 

Para contextualizar de forma ampla o avanço tecnológico, podemos pensar que, no período das revoluções industriais, houve uma escala muito grande de produção dos bens de consumo. 

Dessa forma, as alterações do cenário fizeram com que as indústrias ficassem mais eficientes e produtivas de modo que o trabalho humano foi sendo substituído por potentes máquinas. 

Em primeiro lugar, houve o surgimento das máquinas a vapor e, posteriormente, surgiram as que funcionavam a base de energia elétrica e derivados de petróleo. 

Com a Terceira Revolução Industrial, passou a ser possível ter automação e computação e, assim, foi-se eliminando o operador em determinadas tarefas e funções. 

Hoje em dia, pode-se dizer que estamos vivendo a Quarta Revolução Industrial em que é muito comum nos depararmos com a inteligência artificial nas diferentes áreas de atuação, não somente no que diz respeito aos trabalhos braçais.

Com isso, o trabalho do homem se faz cada vez mais irrelevante em indústrias, os setores de serviços estão mais concentrados e abrangem uma menor parcela de trabalhadores. 

Nesse momento, encontramos o equívoco de acharmos que a inteligência artificial só atua em máquinas de produção na indústria. Porém, com a otimização de algoritmos é possível que os computadores possam auxiliar em muitos momentos como em revisões, planilhas, pesquisas, dentre outros

Além disso, existe outro erro comum sobre a inteligência artificial que é achar que com a tecnologia, não haverá mais empregos para os seres humanos e que as máquinas vão substituir todo o trabalho existente. 

O que ocorre, nesse caso, é que o trabalho do homem terá de ser cada vez mais humano em vista de que as máquinas não são capazes de substituir completamente um ser humano, muito menos os trabalhos que o mesmo realiza. 

Isso se aplica, portanto, no contexto da área de advocacia que mostra que a inteligência artificial nos softwares jurídicos que podem auxiliar no trabalho de juízes, procuradores, advogados, dentre outros profissionais do setor, entretanto, ainda assim, o trabalho do homem é imprescindível. 

Para entender como funciona a inteligência artificial e suas vertentes, continue este artigo da Sercortes para esclarecimento de muitas questões nesse sentido. 

O que é Inteligência Artificial?

A Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia que proporciona que máquinas e sistemas imitem o pensamento humano, indo mais adiante do que somente reproduções repetitivas de ações. 

Dessa forma, há a permissão de surgimento de robôs, por exemplo, que são capazes de resolver problemas e tomar certas decisões de modo autônomo. Mas, vale ressaltar que quando se utiliza o termo “robô” não se limita a máquinas que simulam o corpo de um humano. 

Por isso, um robô que possui inteligência artificial pode ser um “simples” programa de computadores que tem algoritmos capazes de realizar ações semelhantes às que uma pessoa faria

É importante ressaltarmos, que tais máquinas são semelhantes, porém, não possuem as limitações que seres humanos têm, por exemplo. Logo, usamos o termo “semelhantes” e nunca “iguais”. 

Afinal de contas, máquinas não precisam dormir, não adoecem, não têm dias ruins, não se aborrecem ou se desconcentram durante seu trabalho, não cometem erros humanos e ainda processam informações em uma velocidade muito maior que a de uma pessoa.

Dessa forma, é totalmente inútil querer ir contra o uso da inteligência artificial na área de Direito ou então em qualquer outro campo que trabalha com economia. 

As funções que os softwares possuem e são capazes de desenvolver sem o auxílio de uma pessoa aumentam cada dia mais e a tendência é crescer muito sem retroceder. 

Em atividades artísticas também é possível de se encontrar inteligência artificial se entendermos que os robôs são capazes de produzir músicas, poemas e desenhos de altíssima qualidade que é difícil de diferenciar de outras obras feitas pelo homem.  

Todavia, sempre haverá a necessidade de estabelecer conexões além das produzidas pela inteligência das máquinas, como por exemplo, o sentimento de empatia pelo outro. 

Em resumo, os serviços da inteligência artificial se baseiam em entender as necessidades da pessoa e proporcionar soluções de acordo com o que foi entendido. 

Os mecanismos se adaptam cada vez mais com as lógicas informadas pelos seres humanos, porém, jamais substituirá a subjetividade das ações humanas.  

O que é Inteligência Artificial no Direito?

A inteligência artificial atrelada ao Direito se limita a aplicar tais tecnologias produzidas no âmbito jurídico. De forma clara, a máquina, aplicativo ou sistema seria capaz de simular o raciocínio do profissional. 

Os algoritmos utilizados, portanto, tomariam decisões e substituíram a necessidade da mão de obra humana em determinadas tarefas, como, armazenagem de dados

Os softwares jurídicos, não precisam, necessariamente, ser a solução de problemas a partir da inteligência artificial. Podendo ser útil para manter o trabalho do advogado mais organizado e eficiente. 

Tais sistemas só seriam capazes de serem tidos como soluções se passarem a não ser mais uma ferramenta para o suporte administrativo e se tornarem um mecanismo de decisões relacionadas às atividades do escritório, por exemplo. 

Dessa forma, a inteligência artificial dentro do ramo do Direito é fruto de uma evolução que ocorre gradativamente através de tecnologias de informática. Primeiramente, auxiliando como planilhas digitais e simplificando o armazenamento de dados de decisões, estratégias de defesa e consultas processuais. 

Atualmente, algumas soluções permitem processar os dados armazenados de maneira muito rápida para que não se perca tempo com consultas em bancos de dados e pesquisas. 

Com as ferramentas que a inteligência artificial permite para o Direito, os algoritmos avançaram um pouco mais e ao coletar dados, sugerem decisões, expondo incongruências, correlações e apontando riscos. 

Portanto, essa tecnologia faz muito mais do que apenas substituir alguns árduos trabalhos manuais como também, reduz falhas, melhora a qualidade do serviço que o profissional está prestando, trazendo mais direcionamento e assim, resultando mais justiça para seus clientes. 

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